Abaixo, um depoimento da grande amiga e professora Benildes Coura Maculan, publicado hoje na rede sociaol do Facebook. Contemporânea da Escola Polivalente, monlevadense da gema, da Vila do Tanque, filha do saudoso professor Sr. Paulo Moreira e da Dona Nini. Pelo Dia dedicado aos professores, ela faz esta homenagem: Parabéns, amiga, pelo lindo e emocionante artigo.
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“Vamos variar o tema central aqui no FB: Por que professora?
Sei lá… porque é divertido e desafiador! Descobri que me rodeio de alegrias quando leciono, aprendendo sempre mais… Piegas? Muito!! Não é uma abnegação, é estimulante e motivador!
Não sonhei em ser professora desde criança, ainda que tenha tido um pai e irmã mais velha professores! Mas essa vontade foi se apossando de mim durante a graduação e no mestrado, porque tive a sorte de me rodear de professoras que fizeram diferença em minha formação. Sim, vocês leram corretamente: professoras! Mulheres!! Claro que houve alguns professores (homens) que me inspiraram, mas, na maioria, foram ELAS que me levaram a querer essa profissão. Seja na elaboração de artigos, nas bolsas de monitoria e de iniciação científica ou na orientação de mestrado, sempre fui impulsionada a pensar a educação e a pesquisa. E, espero, esse pensamento nunca me deixará… Nesse papel de professora, é possível conhecer um sem número de pessoas diferentes, que pensam e agem de forma singular. Além disso, é uma profissão inter e multidisciplinar: somos mágicos, malabares, atores, psicólogos… E meio médicos também, pois, como aprendizes, nos pautamos em erros e acertos. Ser professor é quase estar enfeitiçado pelo canto da sereia…
Pelo canto sedutor de cada aluno, seja ele obstinado, esforçado, trambiqueiro, perfeccionista, piadista, criativo, educado, polêmico… Não importa! A diversidade é o que mais nos ensina a acertar, infelizmente, algumas vezes, na próxima vez… Porém, interessa-me mais a minha própria satisfação e a dos alunos nesse processo de ensino-aprendizagem do que qualquer que seja a valorização externa ao processo.
Terminando, faço uma homenagem especial às professoras, essas mulheres fortes e abençoadas, com um poema de Adélia Prado”:
‘Quando nasci, um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
– dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável.”
Obrigada e parabéns’!!
Benildes Coura Maculan – Professora na UFMG
15 de outubro de 2014 às 18:20 |
Obrigada pela honra, grande amigo!! Bjo.
16 de outubro de 2014 às 15:34 |
Você mais que merece, minha Amiga!